Por Iolanda Aguiar e Oliveira
07 de Fevereiro de 2022
Logo que começa o episódio piloto de The Shrink Next Door, aparece uma mensagem contando que a estória é baseada em fatos. Eu vi, eu li, mas não processei a informação. Continuei assistindo a minissérie da Apple e a estória discorria de tal maneira que eu, enquanto terapeuta – e alienada para o fato de ela ser inspirada na realidade, achava absurda a imaginação dos criadores. Em alguns momentos me passou pela cabeça que a série poderia fazer desmantelar o voto de confiança que algumas pessoas, com muito custo, decidiram destinar ao processo de psicoterapia. A série me causava desconforto e, mesmo achando muito interessante, era emocionalmente muito difícil para mim assistir os episódios. Porém, súbita e despropositadamente chegou até mim a informação de que a estória era baseada em fatos. Entender isso, finalmente, me deixou tão embasbacada que eu senti a necessidade de buscar detalhes da história que deu origem à estória.
Para aqueles que ainda não assistiram a minissérie e não gostam de spoilers, eu sugiro que deixem a leitura desse texto para depois de assisti-la. A ideia é falar sobre os aspectos que fazem do terapeuta dessa história um grande charlatão, e é impossível não entrar em detalhes que desvelarão essa história para o leitor, e que poderão acabar com algumas surpresas e suspenses que a série nos traz. Essa é uma série que pretendo assistir outras vezes, assim como In Treatment da HBO, Sessão de Terapia da Globoplay (que é inspirada em In Treatment), Atypical da Netflix, Afterlife também da Netflix, Mare of Easttown da HBO e outras mais sobre pessoas em terapia. Mesmo sabendo que o streaming da Apple é menos utilizado, faço aqui a minha sugestão. Além dessa minissérie espetacular, tenho achado lá muitas produções que merecem nossa atenção.
The Shrink Next Door é a história de Martin Markowitz e seu terapeuta e psiquiatra Dr. Isaac Herschkopf, também conhecido como Dr. Ike. Martin era uma pessoa ansiosa, com grandes dificuldades de socialização e de autoestima quase inexistente. Quando Martin conheceu Dr. Ike, ele havia, recentemente, perdido os pais e tinha sido designado o novo gestor da empresa da família. Milionário, Martin era uma pessoa solitária e a única relação que conservava era com sua irmã, Phyllis, e seus sobrinhos. Por sugestão de Phyllis, o protagonista da série procura o psiquiatra para lidar com as questões que lhe impediam de ser um ser humano em pleno funcionamento emocional, o que influenciava sua vida pessoal e profissional.
Dr. Ike, conhecido por sua abordagem direta e sugestiva, era um renomado psiquiatra e psicoterapeuta em ascensão, que atendia celebridades e pessoas da alta classe nova-iorquina. Preocupado com seus bens e seu prestígio, Dr. Ike enxergou em Martin a galinha dos ovos de ouro que iria lhe proporcionar tudo o que ele almejava. Quando o paciente adentrou o consultório, o astuto terapeuta charlatão logo identificou suas fragilidades. Munido de discursos como “você pode e você consegue”, logo na primeira sessão, Dr. Ike encorajou Martin a estabelecer limites em algumas relações e impor algumas de suas vontades no trabalho e na vida familiar. Satisfeito com os resultados, Martin se convence de que a terapia pode ser efetiva e necessária para ele. Estabelecido o vínculo com o terapeuta, ele passa a crer que Dr. Ike detém as respostas e a receita para a vida plena, que ele tanto procurava.
Não demorou muito para que o terapeuta começasse a ultrapassar a linha do aceitável na relação com Martin. Aos poucos, Dr. Ike foi alimentando uma relação de dominação e dependência, em que, obviamente, Martin era o dependente e Dr. Ike o dominador. Mal a relação havia se estabelecido e Dr. Ike aceita o pedido de Martin para que ele trabalhasse como uma espécie de consultor em sua empresa, o que o terapeuta aceitou sem pestanejar e para o qual cobrou elevados honorários. A confiança do paciente no terapeuta era tão grande que Martin passou a deixar as decisões estratégicas da empresa nas mãos do Dr. Ike, que se aproveitava desse fato para favorecer a si mesmo e preencher sua conta bancária.
Uma relação de dependência e dominação não é difícil de ser construída quando se tem uma pessoa fragilizada, perdida, insegura, com dificuldades de fazer escolhas para a própria vida, se, do outro lado dessa relação, tivermos uma pessoa manipuladora, narcisista, ambiciosa e com sede de poder. Tudo o que uma pessoa perdida quer, é alguém que te lhe dê a direção, que lhe diga quais as escolhas ela deve fazer. A figura do terapeuta pode ser, para essa pessoa, tão influente e poderosa como a figura de um guru. O problema se estabelece quando essa pessoa encontra no terapeuta alguém que acredita, realmente, ser o detentor de todas as respostas.
Um bom terapeuta sabe que não existem verdades inquestionáveis ou fórmulas para a vida ideal, e sabe que o que todo paciente precisa é viver sua liberdade, fazer as próprias escolhas, assumir a responsabilidade por elas e aprender com os erros. O papel da terapia é criar um espaço de facilitação para que a pessoa se conheça e, assim, passe a fazer suas escolhas com autenticidade. Ou seja, o papel da terapia é ajudar as pessoas a identificarem o que faz sentido para elas, para que elas façam escolhas pertinentes e refletidas. Logo, o papel do terapeuta não é fazer escolhas pelo paciente.
Em The Shrink Next Door, Dr. Ike não é esse terapeuta. Começou com ele determinando quem são as pessoas tóxicas na vida de Martin, e com quem ele deveria ou não se relacionar. Ele chegou ao ponto de intervir diretamente na vida do paciente, provocando rompimentos em relacionamentos estabelecidos e em relacionamentos em potencial, deixando Martin cada vez solitário e dependente dele e da (suposta) terapia. Influenciado por Dr. Ike, Martin rompeu, até mesmo, o relacionamento com sua própria irmã. A motivação de Dr. Ike se deu no fato de que Phyllis começou a questionar a metodologia do psiquiatra. A fim de manter o paciente em terapia, Dr. Ike convenceu Martin de que sua irmã estava se aproveitando dele, da sua ingenuidade e do seu dinheiro. Por fim, restava a Martin apenas a relação com o terapeuta. Sem sua rede de apoio e cego na confiança que destinava ao terapeuta, Martin se tornou o alvo perfeito para o abuso e a exploração.
Dr. Ike também não poupa seus julgamentos e diz, claramente, o que pensa sobre Martin, sobre suas escolhas, sobre suas ações. Tudo aquilo que foge dos ideais de Dr. Ike, ele critica e rejeita. Desesperado pela aprovação do terapeuta, Martin acaba por guiar sua vida exatamente como Dr. Ike recomendou. O que ele não sabia, era que o seu terapeuta tinha intenções obscuras e egoístas: beneficiar a si mesmo, custasse a Martin o que custasse.
O espaço da terapia foi pensado para ser um espaço emocionalmente seguro. Isso significa que o terapeuta precisa ter a clareza de que todas as pessoas são singulares e que cada uma deverá trilhar o caminho que ela considera importante e necessário para ela. O que é bom aos olhos do terapeuta, nem sempre será o melhor para o seu paciente. Portanto, o terapeuta deve permitir que as pessoas sejam o mais elas mesmas possível, enquanto ele contempla, sem expectativas e sem julgamentos, essas pessoas sendo si mesmas. Caso contrário, a terapia será altamente ineficiente: o paciente começa a mentir para o terapeuta (e para si mesmo) na tentativa de atender à sua expectativa e ter a sua aprovação. Sem sinceridade, sem autenticidade, sem liberdade, nenhuma terapia atinge o seu propósito. Uma pessoa que não encara suas questões sem máscaras e sem filtros, não consegue conhecer e compreender a si mesma verdadeiramente. E se ela não se conhece e não se compreende, ela não consegue se transformar. Se ela não se transforma, a terapia não cumpriu o seu propósito.
A autenticidade do terapeuta também tem o seu lugar na relação terapêutica. Mas, autenticidade não significa franqueza excessiva, verdades nuas e cruas, doa a quem doer. O terapeuta não só pode, como deve transmitir ao paciente as percepções que ele tem sobre ele, mas é crucial que ele seja cuidadoso para não sugerir julgamentos ou proferir ofensas. Ele deve falar sempre sobre a sua perspectiva, suas percepções, suas impressões, mas não sobre suas opiniões. O terapeuta está liberado para falar de si, desde que seja pertinente para a relação terapêutica. Ele pode se expor, quando a forma com que paciente se relaciona com ele indicar alguma coisa sobre o processo pessoal do próprio paciente. Ele está liberado para falar de si, se e somente se, isso ocasionar benefícios para a pessoa em terapia.
Eu tenho a crença de que todo terapeuta deve ter pelo menos um paciente que ele sente que poderia incluir na sua lista de amigos, se a relação tivesse se dado num outro contexto. Todo paciente (ou a maioria) já deve ter vivido a experiência de querer ser mais próximo do seu terapeuta, saber sobre a vida dele, sobre seus gostos, interesses, etc. Mas, a distância que se cria nessa relação tem um propósito. Se o terapeuta e o paciente não podem ser amigos, existe um por quê.
Quando o pai de Dr. Ike faleceu, Martin o convidou para passar uns dias na casa de fim de semana da sua família, localizada nos Hamptons, para que ele pudesse elaborar o luto da perda vivida. A estória não deixa claro, mas eu ousaria dizer que a situação vivida pelo terapeuta provocou em Martin um grande medo de o terapeuta precisar se afastar para viver o seu luto. Por isso, o convite se deu, não somente por um gesto de gentileza, mas de dependência afetiva. Martin convidou Dr. Ike a entrar na sua casa (literal e figurativamente) na tentativa de criar motivos para a gratidão do terapeuta e, a partir dessa gratidão, conseguir conservá-lo por mais tempo em sua vida.
Bom, se a estória já era bizarra antes, depois desse fato ele se torna sinistra... Dr. Ike levou sua família para a casa de fim de semana para que pudessem acompanhá-lo. Tão logo chegaram na casa, Martin ofereceu ao casal a suíte máster e deixou que a família se acomodasse na casa principal, enquanto ele ocupava a casa de hóspedes, um lugar confinado e muito menos confortável. Cortesia do anfitrião. Até então, é possível compreender essa oferta. O problema é que Dr. Ike aceitou esse arranjo, o que representa, simbolicamente, colocar Martin e colocar a ele mesmo nos seus devidos lugares: Dr. Ike ocupando o lugar central e mais importante e Martin ficando com que o sobrou, excluído e recluso. Como isso pode ser terapêutico para uma pessoa cuja autoestima é tão grande quanto uma uva passa? Como pode ser terapêutico invadir a casa e a vida de uma pessoa para quem uma das maiores dificuldades é colocar limites nas relações? Dá para acreditar que esse terapeuta realmente existiu? Parece o tipo de coisa que a gente só vê no cinema, mas, não. Aconteceu.
O fim de semana mal havia começado e Dr. Ike começou a sugerir reformas e mudanças na casa. Talvez essa agilidade das intervenções do terapeuta tenha sido apenas um efeito de dramatização, mas ainda que esses fatos tenham levado tempo para acontecer, por si só, já são um absurdo. Findado o fim de semana, Dr. Ike comunicou o seu desejo de ficar recluso e solitário para lidar com o luto pela perda do pai e trabalhar na redação dos seus tão desejados livros. Desesperado com a possibilidade da falta do terapeuta, Martin sugeriu que ambos passassem um período na casa de fim de semana e se ofereceu para ajudá-lo com a produção de suas obras. Durante esse período, Dr. Ike insistiu nas críticas à decoração da casa e Manipulou Martin para que ele fizesse reformas e mudanças, deixando-a de acordo com seu gosto pessoal. Sob influência do Dr. Ike, Martin reformou o espaço que, aos seus olhos, era perfeito.
Assim como todo paciente é uma pessoa singular, todo terapeuta também o é. A diferença é o que o paciente não precisa ter o olhar livre de julgamentos que é tão necessário ao bom terapeuta. Quanto mais o paciente conhece a pessoa do terapeuta, o seu jeito de ser e de existir no mundo, melhor acontece a terapia. Mas isso não significa que o paciente precise conhecer os detalhes da história de vida do terapeuta e, na verdade, a terapia independe disso. Qualquer um de nós pode ser autenticamente si mesmo sem ter que entrar nos detalhes da nossa história de vida. Esse mistério sobre a vida do terapeuta também faz parte do processo. Quanto menos meu paciente souber sobre mim, menos elementos ele terá para se sentir julgado, mesmo que eu não o julgue. Por exemplo, se ele não sabe se eu tenho um relacionamento conjugal, ele terá menos receio do meu julgamento ao falar sobre as suas aventuras de solteiro, ou sobre seus mal-estares no casamento, ou sobre um relacionamento extraconjugal que ele esteja vivendo, e assim por diante.
Eu já notei que, no consultório, quando uma paciente faz uma crítica a alguma coisa que ele depois percebe ser uma escolha ou preferência minha, ou uma característica que eu tenho, ou um posicionamento que me corresponde, de alguma maneira, esse paciente costuma se desculpar por ter se expressado livremente. Desde aspectos de menor significância a aspectos mais relevantes, quando há a percepção dessa diferença entre nós, algo fica impactado. Sempre que me pedem desculpas por nossas diferenças, eu percebo que fica um clima no ar, como se se tivesse descoberto um ponto sensível sobre o qual não se pode falar livremente. O motivo para isso é porque a pessoa passa a temer a minha rejeição ou o meu julgamento, acreditando que nossas diferenças serão suficientes para que eu o recuse. Não é incomum que todos experimentemos, em algum momento da vida, ser rejeitados por pessoas que pensam ou se conduzem diferentemente de nós. Portanto, não é de se estranhar que as pessoas temam ser rejeitadas por seus terapeutas quando estão diante de algumas diferenças existentes entre ambos. Um bom terapeuta, por outro lado, consegue se aproveitar desse fenômeno e utilizá-lo como recurso para o processo de terapia.
Retomando os fatos da minissérie, Dr. Ike invadiu a casa de Martin, colocando dentro dela a sua família, reformando a casa como lhe foi conveniente, colocando na parede os seus porta-retratos com pacientes que eram celebridades ou figuras públicas, promovendo festas e deixando as pessoas acreditarem que aquela casa era dele e não de Martin. Num breve momento, quando a verdade sobre o verdadeiro proprietário da casa se revela a uma das convidadas de uma festa, Dr. Ike acusa Martin de ser vaidoso e mesquinho, dizendo que ele pouco deveria se importar com o fato de as pessoas saberem ou não de quem era aquela propriedade. Ele passou a afirmar que considerava Martin como a um irmão, dizendo considerá-lo sua família. Suponhamos que a terapia tivesse acabado ou que Dr. Ike tivesse dito a Martin que a relação paciente e terapeuta tinha mudado de status. Isso não seria um problema ético. A questão reside no fato de que a terapia prosseguia, apesar da proximidade inadequada entre ambos.
Para mim, o ponto alto do abuso foi a ameaça que Dr. Ike fez de deixar Martin, num gesto de chantagem emocional, mesmo sabendo que ele era a única pessoa na vida do paciente. Isso se deu quando Martin se recusou a seguir uma de suas sugestões (ou comandos?). Dr. Ike achava que a cerejeira que havia na área da piscina deveria ser removida para ampliar o espaço de lazer. Martin recusou-se a se livrar da cerejeira no jardim da casa, plantada e cultivada por seus falecidos pais. Para Martin, a árvore tinha um significado afetivo e complexo.
Tímido desde a infância, a relação com de Martin com seus pais era de grande apego e dependência emocional. Muitos momentos afetivos da sua história de vida aconteceram debaixo da cerejeira que não agradava ao terapeuta. Martin queria conservá-la por não querer se desfazer das memórias construídas junto aos pais e que a árvore evocava. Dr. Ike, por sua vez, afirmou a ele que o ato de conservar a árvore era uma recusa ao seu próprio crescimento e à libertação da dependência de Martin por seus pais, razão pela qual o paciente se desestruturou diante da morte de ambos. Afirmando que Martin era um caso perdido por se recusar a exterminar a cerejeira, Dr. Ike disse que não fazia mais sentido para ele se manter na vida de uma pessoa que não tem um desejo forte o suficiente de crescimento. Para mostrar-se desejoso o suficiente por crescer, a condição era que Martin se mantivesse dependente, atendendo de forma desesperadas aos desejos de seu terapeuta nocivo. Porém, ele não conseguia reconhecer isso. Por medo de perder a única relação que lhe restava, Martin cedeu à manipulação e à pressão e derrubou, ele mesmo, a árvore que tanto significado tinha para ele.
Um dado impressionante dessa história, é que essa relação durou 27 anos. Foram 27 anos de abusos sofridos. E o autor desses abusos era uma pessoa que deveria cuidar, respeitar e facilitar o crescimento. Ser terapeuta é uma imensa responsabilidade e um grande privilégio. As pessoas que se dispõem a passar pelo processo de terapia chegam até nós, frequentemente, fragilizadas e confusas, precisando de acolhimento e aceitação. Elas fazem uma aposta em nós: de que trataremos com zelo o que elas têm de mais frágil e mais precioso. Apostam que ofereceremos a elas a oportunidade para serem a pior e a melhor versão delas mesmas e que, mesmo quando elas não forem a melhor versão de si, encontrarão em nós aceitação. Elas acreditam que nós respeitaremos o seu tempo, o seu ritmo e o significado que as coisas tem para elas. O privilégio de ser terapeuta reside de no fato de que, provavelmente e muitas vezes, nós seremos aqueles que melhor conhecerão os nossos pacientes. Saberemos dados e fatos sobre suas vidas que eles não têm coragem de contar para outras pessoas por não se sentirem seguros de sua aceitação. Mas, com esse privilégio, vem também a gigantesca responsabilidade. O que o Dr. Ike fez, foi o completo oposto do que um terapeuta deveria fazer. Irresponsabilidade, falta de ética, de retidão moral e de honestidade descrevem o profissional que ele foi.
Felizmente essa é uma história com final feliz. Bom, feliz talvez não seja a palavra que melhor descreve esse fim. Martin passou 27 anos submetido aos abusos de Dr. Ike, longe da sua família e vivendo à sombra desse terapeuta pernicioso. Mas, em 2011, ele finalmente conseguiu romper o ciclo de dependência e retirou Dr. Ike de sua vida. Processou o psiquiatra por sua conduta imprópria que, somente 10 anos mais tarde, teve sua licença médica cassada. Esses dados nos levam a concluir que Dr. Ike passou, pelo menos, 37 anos atuando profissionalmente e se valendo do seu lugar de privilégio e (suposto) poder.
The Shrink Next Door é uma série que nasceu de um podcast produzido por um jornalista americano chamado Joe Nocera, vizinho da casa de Martin, nos Hamptons. Quando o jornalista descobriu o que se passava com a vizinhança, colocou-se a investigar essa história. Entrevistou os envolvidos, publicou essas entrevistas e trouxe à tona as verdades sobre essa relação absurda e abusiva, entre terapeuta e paciente. Desse podcast, nasceu a série que tem em seu elenco Paul Rudd, que interpreta o Dr. Ike, e Will Ferrell, que interpreta Martin Markowitz. Se quiser conhecer mais sobre a história real, clica aqui. Se quiser ser um bom terapeuta, oriente-se pelas ações do Dr. Ike, tendo sempre em mente a seguinte pergunta: o que o Dr. Ike não faria?
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