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A importância das resoluções de início de ano

Foto do escritor: Diálogos HumanistasDiálogos Humanistas

Fazer uma lista de desejos para o próximo ano é para alguns apenas uma diversão para comparar expectativa x realidade quando chegar ao final do mês de dezembro. Outros já levam a sério, estabelecendo metas e prazos, firmando compromissos consigo mesmos. E tem ainda aqueles que nem pensam nisso.



Eu vejo a minha vida por meio de ciclos. O calendário é o ciclo mais concreto que lido no meu dia a dia. O dia começa, acontece e termina, assim como a semana, o mês e o ano. Esses ciclos são fundamentais para que eu busque o meu equilíbrio.

Saber em qual etapa do ciclo estou é o que me indica o quanto eu ainda preciso investir de energia e dedicação.

Se está começando, preciso me organizar para que os compromissos e/ou metas não se acumulem ao final, bem como para ter os momentos de descanso.

Se está no meio, é o momento de avaliar o caminhar das coisas, o quanto já fiz e o quanto falta, o que pode ser flexibilizado ou do que vou precisar abrir mão para que o ciclo se encerre.

Se está próximo do fim, é o momento de aceitar o que consegui fazer, ainda que não esteja perfeito ou como planejei no início, tenho de dar como finalizado ou adiar o que for possível para o próximo ciclo, sem me sentir culpada ou incapaz.


Finalizar um ano é, para mim, aceitar o que eu consegui fazer até dia 31 de dezembro (às vezes até antes), comemorar as metas que cumpri ou que extrapolei, mas também, aceitar as que ficaram para depois, pois não couberam dentro do que dei conta de fazer.

Por vezes, algumas coisas vão ficar inacabadas, vão pertencer ao ciclo que já se encerrou e eu não vou retomá-las. Porém, por mais angustiante que seja não “terminar” algumas coisas no ciclo que eu iniciei, tem horas que tudo que eu preciso é que esse ciclo acabe, pois sei que minhas energias já se esgotaram. Admito que preciso da sensação de começo, de ter mais prazo para me organizar, mais energia e dedicação para investir.


Na minha vida, começar um ano novo é isso. Sentir que tenho mais um ciclo inteiro para caminhar, e que posso deixar algumas coisas pra trás, filtrar aquilo que vem comigo e comemorar o que foi concluído no ciclo anterior, independente de quando tenha começado.


Não faço necessariamente uma lista de resoluções, mas gosto de pensar no que acredito que possa acontecer no ano, nas coisas que eu posso conquistar e imaginar como é que eu preciso me organizar para que, pelo menos algumas dessas coisas, possam se realizar.


Como todo mundo, tenho uma lista de coisas que queria ter feito até o final do ano retrasado, e que até hoje não saíram do papel. Coisas que, obviamente, não tinham obrigação de acontecer naquele período, e talvez por isso mesmo, não aconteceram. Me incomoda continuar a vê-las na lista de “a fazer”? É claro que sim. Mas tento acreditar que, na hora que eu der conta, de verdade, elas vão acontecer.

E quer saber mais? Várias coisas eu já abandonei, já troquei itens da lista, e outras coisas já perderam o sentido de seguir comigo. E só consegui aceitar isso quando entendi o que aconteceu na minha vida que me fez “mudar de ideia”, me dificultou ou me impediu de levá-las adiante.

Muitas vezes não foram coisas “melhores” do que as que eu me propus, mas fez mais sentido eu me dedicar para os novos planos, e até mesmo, economizar energia para realizar essas outras coisas que me foram impostas pela vida.


A verdade é que não acredito na expressão “As coisas sempre acontecem para melhor”. Às vezes não melhora nada, só muda o jeito de acontecer. Mas acredito sim que nesse “novo jeito” temos a oportunidade de achar a nossa melhor versão para lidar com as novidades, sejam elas positivas ou negativas. Compreender de que forma os fatos nos impactam, bem como perceber e aceitar os sentimentos que despertam em nós, podem ser os primeiros passos para acharmos essa nossa nova versão, iniciando um novo ciclo.


Desejo a todos um Feliz Ciclo Novo, ainda que traga consigo muitos itens pendentes do ciclo anterior!


O que acredito que precisamos não é necessariamente de resoluções novas, mas sim, de respirar fundo e nos reenergizar, para continuar seguindo, atualizando as resoluções com o que mais faz sentido HOJE, pois essa lista é exatamente como nós: um contínuo desenvolvimento.



 

Por Amanda Aguiar e Oliveira, 02 de janeiro de 2020

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